Vamos lá! Lá vou eu tentar fazer um relato completo de tudo o que vi e pensei durante a viagem de quatro dias pela Polônia! É muito coisa, então preparem-se, hihi!
Em primeiro lugar, nossa chegada em Varsóvia foi um tanto quanto assustadora. O aviao da Wizzair - companhia aérea húngara low budget que voa para um monte de cidades no leste europeu - que saiu de Malmö estava absolutamente lotado e, além disso, muuuuito quente, então simplesmente não aguentávamos mais ficar lá. Quando achávamos que íamos descer e, finalmente, poder sair do aperto daquele avião, o piloto nos avisou que teríamos que ficar mais uns vinte minutos voando, porque estava tendo uma tempestade de neve e daí a pista do aeroporto não estava em condições para descermos... Foi um saco e deu medo, mas tudo bem, chegamos vivas.
O aeroporto de Varsóvia é bem organizadinho e limpinho, apesar de que acho que não vi nem um terço dele. Assim que saímos de lá pegamos um táxi. Meio loucura pegar táxi lá, as pessoas fizeram uma fila mas ninguém respeitava nada, todos ficavam se jogando em cima dos primeiros táxis que apareciam... Um tanto estranho, mas tudo bem, as meninas e eu entramos no clima e nos jogamos também. O taxista não parecia entender inglês, mas reconheceu o nome do nosso hostel e nos levou até lá bem rapidinho.
O hostel era o Oki Doki, um dos mais famosinhos de Varsóvia, pelo que fiquei sabendo. Ele ficava muito bem localizado, perto do Palácio da Cultura e da Ciência, edifício mais alto da Polônia (uns 230 e poucos metros de altura), presentinho do Stalin da época comunista. Segue uma fotinha para dar uma ideia melhor da grandiosidade deste prédio:
Em nossa primeira noite, dormimos só eu e as meninas no quarto. Na segunda noite, um menino dormiu conosco. Ficamos morrendo de medo de que fosse um psicopata, mas no final era um guri tri queridinho. O hostel era bem confortável (apesar de os quartos serem meio antigos e tal) e super badalado, na nossa segunda noite o lugar estava completamente lotado.
Em nossa primeira noite, dormimos só eu e as meninas no quarto. Na segunda noite, um menino dormiu conosco. Ficamos morrendo de medo de que fosse um psicopata, mas no final era um guri tri queridinho. O hostel era bem confortável (apesar de os quartos serem meio antigos e tal) e super badalado, na nossa segunda noite o lugar estava completamente lotado.
Mas falemos de Varsóvia, então. Na quarta-feira de manhã, após nossa primeira noite na cidade, a neve tinha diminuído, então fomos caminhar pela cidade. Fomos andando até a parte antiga da cidade. É muito interessante pensar que a maior parte das coisas dali foi destruída durante a Segunda Guerra, e que, depois, tudo foi reconstruído de forma muito fiel ao que era antes. Achei isso fantástico, apesar de todo o aspecto trágico por trás da história. Nesta parte mais antiga da cidade, há uma igreja em cada esquina. Não minto, é isso mesmo. A Polônia é um dos países mais católicos da Europa.
A praça onde está o Castelo Real de Varsóvia é absolutamente linda. A vista da cidade que se tem de lá é muito boa. E daí fomos caminhando por uma ruelas até chegar numa outra praça, onde há uma sereia (sim, outra!), que é símbolo e protetora da cidade. Na verdade, pelo que li, ela é uma espécie de irmã da sereia de Copenhagen, de acordo com o mito e tal... Olhem uma fotinha dela aí!
Mas enfim, caminhar por essa parte de Varsóvia é sensacional, porque tu começas a pensar em toda a história da cidade, em tudo o que já se passou naquelas ruas, em todos os conflitos da época do Levante e tudo o mais... Para quem gosta de história, é um prato cheio.
Enquanto caminhávamos pelo centro de Varsóvia e falávamos em português entre nós, um guri se aproximou perguntando, em português, se éramos brasileiras. No final, ele nos disse que se chamava Lucas e que estava morando em Varsóvia para aprender polonês. Ele deu várias voltas conosco e nos mostrou vários lugares. Fomos num restaurante típico onde comemos o prato mais tradicional (creio eu) da cozinha polonesa, pierogi é o nome. Parece um ravioli. O recheio mais típico é o de queijo com batatas, que nós comemos e adoramos. Comemos também o pierogi com recheio de espinafre e de carne, muito bons também.
Enquanto caminhávamos pelo centro de Varsóvia e falávamos em português entre nós, um guri se aproximou perguntando, em português, se éramos brasileiras. No final, ele nos disse que se chamava Lucas e que estava morando em Varsóvia para aprender polonês. Ele deu várias voltas conosco e nos mostrou vários lugares. Fomos num restaurante típico onde comemos o prato mais tradicional (creio eu) da cozinha polonesa, pierogi é o nome. Parece um ravioli. O recheio mais típico é o de queijo com batatas, que nós comemos e adoramos. Comemos também o pierogi com recheio de espinafre e de carne, muito bons também.
Depois fomos caminhar na parte mais nova da cidade... É muito interessante, Varsóvia é muito uma cidade de contrastes, há coisas muito antigas junto de coisas muito novas. Acho isso absolutamente sensacional. Perto do Palácio da Cultura e da Ciência, a cidade é muito no estilo metrópole da América do Norte, com vários edifícios gigantescos, hotéis de luxo e tudo o mais. Fomos caminhando a pé até o Museu do Levante de Varsóvia. Enquanto caminhávamos, o clima mudou milhares de vezes... Choveu, fez sol e, além disso, nevou ao mesmo tempo em que tinha sol. Demais! O tal museu é muito interessante, fala sobre tudo o que aconteceu no Levante. Pena que não pegamos uma visita guiada, acho que teríamos entendido muito mais se tivéssemos feito isso. O museu em si é todo interativo e moderno, então achei super legal. Sobre essa história do Levante, fiquei realmente impressionada, Varsóvia passou um tempão lutando sozinha contra os alemães, sem a ajuda de praticamente nenhum exército estrangeiro. E daí, quando a guerra acabou e finalmente a cidade poderia ter um pouco de paz, chegaram os soviéticos. Acho que foi isso o que mais me impressionou sobre Varsóvia, toda a história de luta durante a Segunda Guerra, e depois o comunismo... Fiquei com a impressão de que tudo isso deixou marcas muito fortes na cidade, que resistem até hoje. De qualquer maneira, para o turista que, assim como eu, amo história, isso não chega a ser ruim, mas sim um prato cheio para aprender e saber mais sobre a incrível nação que é a Polônia.
Ao voltar do tal museu, subimos no Palácio da Cultura e da Ciência. A vista de lá é sensacional. Não tinha consciência de que a cidade era tao grande, mas, de acordo com o que o guri brasileiro me disse, tem uns quatro milhões de pessoas vivendo ali! Enorme, portanto - ainda mais comparando a Lund, que tem míseros 100 mil habitantes.
Depois disso estávamos tao cansadas que precisamos parar um pouco. Tínhamos caminhado o dia inteiro sem parar. Fomos a um shopping super moderno que fica do lado da estação central de trem de Varsóvia, e também do lado do Palácio da Cultura e da Ciência. Ali, tomamos um café com o Andrzej, polonês super querido, num tal Coffee Heaven, rede de cafés polonesa no estilo Starbucks absolutamente maravilhosa. O café de baunilha deles é demais. Daí comemos no Burguer King, uma das meninas que estava comigo fez mil compras, voltamos ao hostel, largamos as coisas e fomos num outro café encontrar de novo o Andrzej. Ele trabalha numa tv polonesa (TVP, se nao me engano) e nos contou um montão de coisas interessantes sobre seu trabalho e sobre a Polônia. Muito legal!
Mas tenho que conta sobre uma coisa que nos aconteceu quando estávamos indo embora do shopping... Quase tivemos que pagar uma multa por estar atravessando a rua fora da faixa de segurança! Já tínhamos sido prevenidas disso, tendo ouvido dizer que tanto motoristas quanto pedestres eram multados nas ruas da cidade, mas estávamos cansadas demais para procurar a faixa e, daí, decidimos atravessar fora dela... Bem na hora em que atravessávamos correndo, passaram TRÊS carros de polícia, sendo que um deles nos mandou voltar para conversar. Fingimos não falar inglês direito, imploramos desculpas e, quando perguntadas de onde éramos, respondemos "Brasil" e foi muito engraçado. Os policiais ficaram com uma cara de que nunca tinham visto alguém do Brasil antes. E daí um deles começou a falar "Rio de Janeiro", "futebol", aquelas palavras típicas que as pessoas que ouvem falar do Brasil dizem quando conhecem um brasileiro... Uma das palavras foi "samba", e daí eles pediram para a gente sambar!!! Mas é óbvio que não sambamos, né! Pedimos mil desculpas e os caras no liberaram. Então aí vai uma dica: quando em Varsóvia, jamais atravesse fora da faixa de segurança, em especial em áreas movimentadas da cidade!
Por fim, na quinta de manhã fomos no parque Lazienki, um dos parques mais conhecidos de Varsóvia que é absolutamente maravilhosooooooo! Além de ser gigante, tem palácios no meio do parque, e um montão de bichos, tais como pavões, patos, esquilos que vêm comer na tua mão, entre outros. Deem uma olhada em um dos palácios que ficam no meio do parque:
Fechamos com chave de ouro nossa estadia em Varsóvia. Tudo deu absolutamente muito certo e conhecemos basicamente tudo o que queríamos. No meu caso, só ficou um sentimento no estilo "que pena que talvez eu nunca mais venha aqui". Espero que eu possa voltar um dia!
Fechamos com chave de ouro nossa estadia em Varsóvia. Tudo deu absolutamente muito certo e conhecemos basicamente tudo o que queríamos. No meu caso, só ficou um sentimento no estilo "que pena que talvez eu nunca mais venha aqui". Espero que eu possa voltar um dia!
Ok, estou cansada de escrever, e a segunda parte da viagem à Polônia tem muita mais coisas para contar! Amanhã continuo!
Beijos!
Sílvia,
ResponderExcluirNunca achei que tu fosse tão fora da lei, atravessando fora da faixa. :D
Beijão!
Não saber sambar é complicado, né...
ResponderExcluirMas o pior é comer no Burger King. O capitalismo realmente invadiu o leste europeu.
É que eu tinha ouvido boatos de que o Burguer King era maravilhoso na Polônia, entao tinha que experimentar, né!
ResponderExcluirMas é isso mesmo, Marcos: o capitalismo REALMENTE invadiu o leste europeu!
Olá, Silvia...
ResponderExcluirIrei brevemente à Polónia, pode dizer-me em que hostel ficou hospedada?