Bom, amigos, finalmente darei início ao relato sobre minha viagem à Rússia. Peçlo desculpas antecipadas porque acho que vou escrever demais. Mas, se tiverem paciência, leiam até o final. Essa viagem foi uma das mais interessantes que já fiz e as coisas que aprendi com ela foram muitas. Ficarei feliz em poder compartilhar com outras pessoas todos os meus aprendizados.
Enfim... Na quarta-feira, 15 de abril, fomos até a Viking Line, em Estocolmo, pegar o barco que nos levaria até a Finlândia, de onde nossa viagem até a Rússia iniciaria. O barco fez uma viagem noturna desde Estocolmo até Turku, cidade que fica bem no sul da Finlândia. Era um barco gigantesco, com free shop, restaurantes, pubs e com cabines muito confortáveis para dormir. Deu para perceber algumas peculiaridades sobre a Finlândia durante nossa estadia no barco. A principal delas é a de que o finlandês é uma língua completamente diferente das outras línguas escandinavas. O sueco, o dinamarquês e o norueguês são todos muito parecidos, mas o finlandês é um mistério total. Totalmente diferente de qualquer outra língua que eu já tenho ouvido/ lido. Outra coisa que percebi é que existe uma espécie de preconceito na Escandinávia em relação aos finlandeses. Não sei exatamente o motivo de tal preconceito, mas uma amiga me disse que, numa janta de suecos da qual participou, foram comentados os resultados de uma pesquisa que perguntava aos escandinavos em qual outro país escandinavo eles morariam. Quase nenhum sueco, dinamarquês ou norueguês respondeu que moraria na Finlândia. Acho que tal preconceito não está relacionado apenas à questão da língua, mas principalmente ao fato de a Finlândia ter estado sob influência dos russos/soviéticos por um bom tempo, enquanto a Escandinávia manteve-se fora de tal influência.
Mas enfim... Chegamos em Turku bem cedinho e fomos direto para os ônibus nos quais passaríamos a maior parte da nossa viagem. E nao eram ônibus confortáveis como os brasileiros, não. Eram apertados, sem espaço para as pernas e, para piorar, os dois ônibus que reuniam o pessoal da viagem estavam completamente lotados. Deixando as coisas ainda piores, meu ônibus tinha 40 espanhóis (num total de 64 pessoas), o que tornou a situação ainda mais desagradável, visto que eles eram muito barulhentos e chatos.
Mas falando do que realmente interessa... Andamos umas quatro ou cinco horas até chegar na fronteira entre Finlândia e Rússia... Deu um medão de não poder passar, mas passamos. O esquema de segurança é bastante forte. Tivemos que mostrar nossos vistos tanto na fronteira finlandesa quanto na russa. Entre as duas fronteiras, há um espaço de terra muito "no man´s land", porque, pelo que entendi, não pertence a nenhum dos países. Não sei como isso é possível, mas whatever. Ao entrar em solo russo, já se percebe uma grande diferença em relação à Finlândia. Há muito lixo na beira da estrada, por exemplo, o que não é nada impressionante para uma brasileira como eu, mas deixou vários dos europeus do ônibus completamente impressionados pelo "desrespeito à natureza".
Chegar na Rússia de ônibus é uma experiência bem diferente do que chegar de avião, creio eu. Pudemos ver toda a pobreza do interior e das zonas suburbanas. Prédios caindo aos pedaços, estradas mal cuidadas, paisagens feias. A geografia russa, então, nem me fale. Horrível. Não sei bem como é o termo em linguagem geográfica, mas é uma vegetação contínua e alta, meio seca por causa do inverno, e muito depressiva, ainda mais porque tal vegetação se estende por todo o caminho. Por um lado, não foi tao ruim assim, porque daí pudemos dormir enquanto viajávamos. Não teve aquela coisa de "não vou dormir para ficar acordada para ver a paisagem". Ainda bem, porque eu já estava cansada. E a viagem nem tinha começado ainda!
Chegamos em São Petersburgo no final de quinta-feira. Ficamos num hotel que ficava um pouco distante do centro da cidade. Não muuuuito distante, mas também não no centro. Ficava numa área mais residencial, cheia daqueles edifícios horríveis no estilo caixa de fósforo da época do Stalin. Nesta primeira noite, não saímos porque estávamos todos muito cansados. Fomos no mercado comprar janta e era isso. No mercado, nos deparamos com o principal enigma da Rússia: o alfabeto cirílico. Totalmente incompressível. E é aí que tu começas a ver o quão diferentes os russos são de nós. Só o fato de ter um alfabeto diferente já os coloca em uma esfera diferente da nossa.
Na sexta-feira, tínhamos o dia inteiro para passear. Então fomos à luta. De manha, decidimos ir ao centro da cidade e, se tivéssemos tempo, iríamos visitar o museu Hermitage durante a tarde. Mas como nosso hotel era longe do centro, decidimos pegar o metrô. Que loucura. O metrô de São Petersburgo é o mais profundo do mundo, tu ficas uns três minutos na escada rolante até chegar na estação onde se pega os trens. E é muito rápido também. Tu não ficas mais do que dois minutos esperando por ele. E está quase sempre lotado. As estações são todas muito bonitas, em geral decoradas com esculturas. Deem uma olhadinha em uma das poucas fotos que consegui tirar lá:
Enfim, pegamos o metrô e paramos em Nevsky Prospekt, a principal rua de São Petersburgo e, pelo que ouvi dizer, a rua mais conhecida de toda a Rússia - eu lembrava de ter lido sobre ela quando li livros do Dostoievski. Andando por essa rua, fiquei muito com a impressão de que São Petersburgo não é uma cidade que representa integralmente a cultura russa. Todos dizem que é a cidade mais europeizada do país, e eu realmente acredito que seja. Me pareceu uma cidade europeia como qualquer outra (é claro que com suas particularidade e magias, né!).
Fomos andando pela rua e vendo muitas coisas interessantes. A estátua de Catarina, a Grande, foi uma das primeiras coisas interessantes que vimos. Catarina, a Grande (ou Catarina II) foi uma das maiores imperatrizes russas, tendo vivido no século 18. Durante os anos em que governou o país, a Rússia se expandiu consideravelmente e, além disso, ela foi uma grande incentivadora das artes, tendo feito parte daquele grupo dos déspotas esclarecidos que faziam amizades com grandes pensadores e escritores. Além disso, ela possuía uma grande coleção de arte, a qual deu origem ao atual museu Hermitage, do qual falarei mais tarde. Durante o reinado de Catarina II, a Rússia passou pelo momento em que seus nobres tiveram mais poder. Ok, isso tudo fez com que as artes e a cultura se desenvolvessem, mas os pobres ainda existiam, e em grande número (ainda existem, na verdade). Isso, uns séculos depois, durante o reinado do último czar, Nicolau II, acabaria levando à Revolução Russa.
No nosso passeio pela Nevsky Prospekt também passamos pelo teatro Alexandrinsky, que fica pertinho da estátua da Catarina II e, seguindo nosso caminho, chegamos bem no centrão da cidade, onde fica a catedral Kazan. É uma igreja ortodoxa, como a maioria das igrejas russas, já que essa é a religião oficial do país, se não me engano. Para entrar em uma igreja ortodoxa, as mulheres precisam cobrir suas cabeças e os homens devem descobri-las. Ao entrar lá, vimos uma celebração ortodoxa que foi uma das coisas mais interessantes que já vi. A igreja em si era maravilhosa. O altar principal não ficava no centro, mas do lado esquerdo da igreja, e não havia nenhuma espécie de banco para os fiéis sentarem. Os padres ficavam mais ou menos no meio da igreja, virados para o altar principal, e os fiéis se juntavam ao redor dos padres, também virados para o tal altar. A missa inteira é cantada e, pelo que ouvi dizer, dura três horas. As pessoas faziam reverências para o altar de quando em quando e, além disso, faziam o sinal da cruz várias vezes, só que ao contrário. Sabem como é o sinal da cruz, né? "Pai, filho e espírito santo". Para nós, quando se fala "espírito santo", primeiro colocamos nossa mão direita em nosso ombro esquerdo e, depois, no direito. Eles faziam ao contrário, começando pelo direito. Estranho, mas muito interessante.
Falando um pouco sobre a religião ortodoxa... Queria muito saber as diferenças entre ela e a religião católica apostólica romana, que é a nossa. Sei que a religião ortodoxa tem uma ligação direta com a religião de Constantinopla e é por causa disso que a maior parte de seus adeptos está geograficamente localizada em países como Rússia, Grécia, Romênia, entre outros. A história da religião ortodoxa na Rússia tem algumas particularidades muito interessantes, como, por exemplo, o fato de ter passado por um campanha de repressão durante os anos do Stalin.
Um aspecto da religião ortodoxa que me chamou muito a atencao é o formato de sua cruz. A parte vertical de cima é uma menção àquela plaquinha que colocaram na cruz de Cristo dizendo alguma coisa no estilo "Jesus de Nazaré, rei dos judeus". A parte inclinada de baixo tem uma explicação um pouco mais confusa. De acordo com o que a guia de viagens nos disse em Moscou, tem a ver com o fato de Jesus ter sido crucificado juntamente de dois ladroes, e um deles se arrependeu, tendo ido para o céu, e o outro continuou sendo insolente, e daí foi para o inferno. Mas a Wikipédia diz que é por outros motivos. Um deles seria o fato de Jesus ter tido um apoio para os pés quando estava na cruz. Não sou uma grande expert em religiões, e o assunto em si nao me interessa muito, mas eu achei essas particularidades da cruz ortodoxas interessantes de mencionar.
Após sair da catedral Kazan, fomos para uma outra igreja ortodoxa, uma das mais conhecidas de São Petersburgo, a Igreja do Salvador no Sangue Derramado ou Igreja da Ressurreição de Cristo. A igreja foi construída no exato lugar onde o czar Alexandre II foi assassinado, no final do século 19. Demorou 24 anos para ser construída e 27 anos para restaurada (a tal restauração aconteceu no finalzinho do século 20). O interior da igreja (cuja entrada é paga) é completamente construído por mosaicos. É muito legal. Deem uma olhada na parte exterior dela aqui - tenho certeza de que vocês reconhecerão na hora:
Bom, depois de termos visto a igreja, almoçamos no Subway (já que ficamos com preguica de procurar um restaurante russo) e, em seguida, fomos ao Hermitage. Mas daí deixo a continuação para outro post, pois terei muita coisa para falar sobre este museu.
Beijos!
Enfim... Na quarta-feira, 15 de abril, fomos até a Viking Line, em Estocolmo, pegar o barco que nos levaria até a Finlândia, de onde nossa viagem até a Rússia iniciaria. O barco fez uma viagem noturna desde Estocolmo até Turku, cidade que fica bem no sul da Finlândia. Era um barco gigantesco, com free shop, restaurantes, pubs e com cabines muito confortáveis para dormir. Deu para perceber algumas peculiaridades sobre a Finlândia durante nossa estadia no barco. A principal delas é a de que o finlandês é uma língua completamente diferente das outras línguas escandinavas. O sueco, o dinamarquês e o norueguês são todos muito parecidos, mas o finlandês é um mistério total. Totalmente diferente de qualquer outra língua que eu já tenho ouvido/ lido. Outra coisa que percebi é que existe uma espécie de preconceito na Escandinávia em relação aos finlandeses. Não sei exatamente o motivo de tal preconceito, mas uma amiga me disse que, numa janta de suecos da qual participou, foram comentados os resultados de uma pesquisa que perguntava aos escandinavos em qual outro país escandinavo eles morariam. Quase nenhum sueco, dinamarquês ou norueguês respondeu que moraria na Finlândia. Acho que tal preconceito não está relacionado apenas à questão da língua, mas principalmente ao fato de a Finlândia ter estado sob influência dos russos/soviéticos por um bom tempo, enquanto a Escandinávia manteve-se fora de tal influência.
Mas enfim... Chegamos em Turku bem cedinho e fomos direto para os ônibus nos quais passaríamos a maior parte da nossa viagem. E nao eram ônibus confortáveis como os brasileiros, não. Eram apertados, sem espaço para as pernas e, para piorar, os dois ônibus que reuniam o pessoal da viagem estavam completamente lotados. Deixando as coisas ainda piores, meu ônibus tinha 40 espanhóis (num total de 64 pessoas), o que tornou a situação ainda mais desagradável, visto que eles eram muito barulhentos e chatos.
Mas falando do que realmente interessa... Andamos umas quatro ou cinco horas até chegar na fronteira entre Finlândia e Rússia... Deu um medão de não poder passar, mas passamos. O esquema de segurança é bastante forte. Tivemos que mostrar nossos vistos tanto na fronteira finlandesa quanto na russa. Entre as duas fronteiras, há um espaço de terra muito "no man´s land", porque, pelo que entendi, não pertence a nenhum dos países. Não sei como isso é possível, mas whatever. Ao entrar em solo russo, já se percebe uma grande diferença em relação à Finlândia. Há muito lixo na beira da estrada, por exemplo, o que não é nada impressionante para uma brasileira como eu, mas deixou vários dos europeus do ônibus completamente impressionados pelo "desrespeito à natureza".
Chegar na Rússia de ônibus é uma experiência bem diferente do que chegar de avião, creio eu. Pudemos ver toda a pobreza do interior e das zonas suburbanas. Prédios caindo aos pedaços, estradas mal cuidadas, paisagens feias. A geografia russa, então, nem me fale. Horrível. Não sei bem como é o termo em linguagem geográfica, mas é uma vegetação contínua e alta, meio seca por causa do inverno, e muito depressiva, ainda mais porque tal vegetação se estende por todo o caminho. Por um lado, não foi tao ruim assim, porque daí pudemos dormir enquanto viajávamos. Não teve aquela coisa de "não vou dormir para ficar acordada para ver a paisagem". Ainda bem, porque eu já estava cansada. E a viagem nem tinha começado ainda!
Chegamos em São Petersburgo no final de quinta-feira. Ficamos num hotel que ficava um pouco distante do centro da cidade. Não muuuuito distante, mas também não no centro. Ficava numa área mais residencial, cheia daqueles edifícios horríveis no estilo caixa de fósforo da época do Stalin. Nesta primeira noite, não saímos porque estávamos todos muito cansados. Fomos no mercado comprar janta e era isso. No mercado, nos deparamos com o principal enigma da Rússia: o alfabeto cirílico. Totalmente incompressível. E é aí que tu começas a ver o quão diferentes os russos são de nós. Só o fato de ter um alfabeto diferente já os coloca em uma esfera diferente da nossa.
Na sexta-feira, tínhamos o dia inteiro para passear. Então fomos à luta. De manha, decidimos ir ao centro da cidade e, se tivéssemos tempo, iríamos visitar o museu Hermitage durante a tarde. Mas como nosso hotel era longe do centro, decidimos pegar o metrô. Que loucura. O metrô de São Petersburgo é o mais profundo do mundo, tu ficas uns três minutos na escada rolante até chegar na estação onde se pega os trens. E é muito rápido também. Tu não ficas mais do que dois minutos esperando por ele. E está quase sempre lotado. As estações são todas muito bonitas, em geral decoradas com esculturas. Deem uma olhadinha em uma das poucas fotos que consegui tirar lá:
Enfim, pegamos o metrô e paramos em Nevsky Prospekt, a principal rua de São Petersburgo e, pelo que ouvi dizer, a rua mais conhecida de toda a Rússia - eu lembrava de ter lido sobre ela quando li livros do Dostoievski. Andando por essa rua, fiquei muito com a impressão de que São Petersburgo não é uma cidade que representa integralmente a cultura russa. Todos dizem que é a cidade mais europeizada do país, e eu realmente acredito que seja. Me pareceu uma cidade europeia como qualquer outra (é claro que com suas particularidade e magias, né!).
Fomos andando pela rua e vendo muitas coisas interessantes. A estátua de Catarina, a Grande, foi uma das primeiras coisas interessantes que vimos. Catarina, a Grande (ou Catarina II) foi uma das maiores imperatrizes russas, tendo vivido no século 18. Durante os anos em que governou o país, a Rússia se expandiu consideravelmente e, além disso, ela foi uma grande incentivadora das artes, tendo feito parte daquele grupo dos déspotas esclarecidos que faziam amizades com grandes pensadores e escritores. Além disso, ela possuía uma grande coleção de arte, a qual deu origem ao atual museu Hermitage, do qual falarei mais tarde. Durante o reinado de Catarina II, a Rússia passou pelo momento em que seus nobres tiveram mais poder. Ok, isso tudo fez com que as artes e a cultura se desenvolvessem, mas os pobres ainda existiam, e em grande número (ainda existem, na verdade). Isso, uns séculos depois, durante o reinado do último czar, Nicolau II, acabaria levando à Revolução Russa.
No nosso passeio pela Nevsky Prospekt também passamos pelo teatro Alexandrinsky, que fica pertinho da estátua da Catarina II e, seguindo nosso caminho, chegamos bem no centrão da cidade, onde fica a catedral Kazan. É uma igreja ortodoxa, como a maioria das igrejas russas, já que essa é a religião oficial do país, se não me engano. Para entrar em uma igreja ortodoxa, as mulheres precisam cobrir suas cabeças e os homens devem descobri-las. Ao entrar lá, vimos uma celebração ortodoxa que foi uma das coisas mais interessantes que já vi. A igreja em si era maravilhosa. O altar principal não ficava no centro, mas do lado esquerdo da igreja, e não havia nenhuma espécie de banco para os fiéis sentarem. Os padres ficavam mais ou menos no meio da igreja, virados para o altar principal, e os fiéis se juntavam ao redor dos padres, também virados para o tal altar. A missa inteira é cantada e, pelo que ouvi dizer, dura três horas. As pessoas faziam reverências para o altar de quando em quando e, além disso, faziam o sinal da cruz várias vezes, só que ao contrário. Sabem como é o sinal da cruz, né? "Pai, filho e espírito santo". Para nós, quando se fala "espírito santo", primeiro colocamos nossa mão direita em nosso ombro esquerdo e, depois, no direito. Eles faziam ao contrário, começando pelo direito. Estranho, mas muito interessante.
Falando um pouco sobre a religião ortodoxa... Queria muito saber as diferenças entre ela e a religião católica apostólica romana, que é a nossa. Sei que a religião ortodoxa tem uma ligação direta com a religião de Constantinopla e é por causa disso que a maior parte de seus adeptos está geograficamente localizada em países como Rússia, Grécia, Romênia, entre outros. A história da religião ortodoxa na Rússia tem algumas particularidades muito interessantes, como, por exemplo, o fato de ter passado por um campanha de repressão durante os anos do Stalin.
Um aspecto da religião ortodoxa que me chamou muito a atencao é o formato de sua cruz. A parte vertical de cima é uma menção àquela plaquinha que colocaram na cruz de Cristo dizendo alguma coisa no estilo "Jesus de Nazaré, rei dos judeus". A parte inclinada de baixo tem uma explicação um pouco mais confusa. De acordo com o que a guia de viagens nos disse em Moscou, tem a ver com o fato de Jesus ter sido crucificado juntamente de dois ladroes, e um deles se arrependeu, tendo ido para o céu, e o outro continuou sendo insolente, e daí foi para o inferno. Mas a Wikipédia diz que é por outros motivos. Um deles seria o fato de Jesus ter tido um apoio para os pés quando estava na cruz. Não sou uma grande expert em religiões, e o assunto em si nao me interessa muito, mas eu achei essas particularidades da cruz ortodoxas interessantes de mencionar.
Após sair da catedral Kazan, fomos para uma outra igreja ortodoxa, uma das mais conhecidas de São Petersburgo, a Igreja do Salvador no Sangue Derramado ou Igreja da Ressurreição de Cristo. A igreja foi construída no exato lugar onde o czar Alexandre II foi assassinado, no final do século 19. Demorou 24 anos para ser construída e 27 anos para restaurada (a tal restauração aconteceu no finalzinho do século 20). O interior da igreja (cuja entrada é paga) é completamente construído por mosaicos. É muito legal. Deem uma olhada na parte exterior dela aqui - tenho certeza de que vocês reconhecerão na hora:
Bom, depois de termos visto a igreja, almoçamos no Subway (já que ficamos com preguica de procurar um restaurante russo) e, em seguida, fomos ao Hermitage. Mas daí deixo a continuação para outro post, pois terei muita coisa para falar sobre este museu.
Beijos!
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