Caros amigos leitores, preparem-se para uma série de posts bastante longos. Recém voltei de minha viagem à Rússia, tendo passado, no caminho para ela, por Estocolmo, capital da Súecia, e por algumas cidades da Suécia. Tenho muita, mas muitas coisa mesmo para contar, então vamos lá!
Mas comecemos pelo começo... Antes de ir à Rússia, decidi passar dois dias em Estocolmo, gloriosa e lindíssima capital daqui da Suécia. Para ir até lá, pegamos um super trem, tri moderno e rapidão, que nos levou até lá em questão de quatro horas. Muito eficiente (e nada barato, por sinal - custou cerca de 50 euros!). Chegando lá, fomos direto para nosso hostel, onde deixamos nossas malas. O hostel foi mais um da série hostels inusitados da minha vida. Ficava localizado em um antigo barco, e não era um barco muuuuito grande não. Mas tudo bem, eu ia dormir só uma noite por lá mesmo, então não fazia diferença o lugar onde me hospedaria.
Mas comecemos pelo começo... Antes de ir à Rússia, decidi passar dois dias em Estocolmo, gloriosa e lindíssima capital daqui da Suécia. Para ir até lá, pegamos um super trem, tri moderno e rapidão, que nos levou até lá em questão de quatro horas. Muito eficiente (e nada barato, por sinal - custou cerca de 50 euros!). Chegando lá, fomos direto para nosso hostel, onde deixamos nossas malas. O hostel foi mais um da série hostels inusitados da minha vida. Ficava localizado em um antigo barco, e não era um barco muuuuito grande não. Mas tudo bem, eu ia dormir só uma noite por lá mesmo, então não fazia diferença o lugar onde me hospedaria.
Após deixarmos nossas malas no hostel, fomos passear pela cidade. Estocolmo é a sede política da Suécia e, de acordo com a Wikipédia, é residência para 21% da população sueca, o que não me surpreende em nada. No caminho desde Lund até Estocolmo, vimos muitos lugares e pequenas cidades, mas nenhuma super cidadezona como aquelas às quais me acostumei a ver no Brasil. A geografia do país também vai mudando conforme se vai indo para o norte. Aqui em Skåne, regiao onde fica Lund, a geografia é mais parecida com a da Dinamarca, uma planície sem fim com campos verdes e moinhos de energia eólica no horizonte. Conforme se vai ao norte do país, a paisagem vai mudando para uma maior quantidade de florestas. Mas vejam bem, não são aquelas florestas exuberantes com as quais nos acostumamos no Brasil. São coníferas mesmo.
Estocolmo, além disso, é uma cidade onde se pode ver água por absolutamente todos os lados. É um arquipélago formado por 11 ilhas, se não estou enganada. Na verdade, a cidade é apenas uma parte de um arquipélago maior, que é composto por mais de 30 mil ilhas (!). Então, nosso hostel ficava perto da principal ilha da cidade, que é a da cidade velha (a maior e mais bem conservada cidade velha da Europa, de acordo com o brochure que peguei no tourist information daqui de Lund antes de viajar), também chamada Gamla Stan. Essa ilha é o coração de Estocolmo. Várias ruelas com lojas e restaurantes charmosinhos, igrejas por todos os lados e, principalmente, o palácio dos monarcas suecos.
Deem uma olhadinha para ter uma ideia do quão linda é esta região de Gamla Stan:
Pena que estava nublado quando estávamos lá!
É incrível a importância que a família real sueca tem no país. Por todos os lados tu vês fotos da Rainha Sílvia (que tem ascendência brasileira, para os que não sabiam!) e da Princesa Victoria, que está de casamento marcado para o ano que vem e cujo rosto simplesmente não sai das capas das revistas de fofocas daqui. Como ela é a filha mais velha da família real, ela vai ser a próxima rainha do país. Aqui não existe aquele esquema de que só homens podem suceder-se no trono e blá blá blá. A Suécia não é um país nem um pouco machista. Na verdade, é até interessante falar sobre a composição política do país em termos de gênero. Se não estou enganada, o parlamento sueco é composto por uma quantidade absurda de mulheres, que supera 50%, se não estou enganada. Há uma lei que obriga a existência de, no mínimo, 40% de mulheres no parlamento. Acho isso muito interessante. Nada de mulheres submissas aqui.
Enfim, voltando a falar da família real: eles estão em todos os lugares. Nos postais, nos posteres, nos restaurantes, nos cafés... Mas tudo bem... O palácio real em Gamla Stan é muito legal, mas achei o de Copenhagen mais legal. Vimos a troca da guarda e tudo o mais, nada muito impressionante. Seguimos caminhando. Na verdade, fiquei com a impressão de que, nessa parte da cidade, tudo gira em torno da monarquia. É estátua de antigos reis para todos os lados (em especial do tal rei Gustaf III, que teve grande importância para o país por ter sido um grande incentivador das artes e tudo o mais). Acabamos não entrando no palácio real por causa dos preços exorbitantes. Quem sabe numa próxima ocasião, quando eu tiver mais dinheiro!
Depois de andarmos por Gamla Stan, almocamos num restaurante em Stortoget, uma das pracas principais da ilha, onde fica localizado o Museu do Nobel, no qual nao entrei (e estou arrependida por isso). Depois do almoco, seguimos para a prefeitura de Estocolmo, onde, todos os anos, sao entregues os prêmios do Nobel. O único Nobel que nao é entregue ali é o da paz, que fica a cargo de Oslo. O prédio da prefeitura é relativamente novo, do início do século XX, e a vista da cidade que se tem dele é simplesmente maravilhosa. O Nobel é entregue na Suécia por causa do cientista Alfred Nobel, inventor do dinamite e sueco de nascenca. Vocês sabiam que só existem cinco prêmios Nobel? Sao eles: física, química, medicina, literatura e paz. Também há um prêmio para achievements na área da economia, mas ele é dado pelo Banco Central Sueco "em memória de Alfred Nobel". Interessante, nao? Até hoje nenhum brasileiro ganhou um Nobel. Quem sabe um dia, né?
O prédio da prefeitura, uma das visões mais conhecidas de Estocolmo:
E a vista da cidade que se tem de lá:
Lindo, né?
Enfim, continuamos andando e fomos para um bairro mais moderninho de Estocolmo, onde há uma rua principal com muitas lojas de grifes famosas e uma praça com um obelisco de vidro, onde uma gurizada estava reunida e onde, de acordo com o professor de uma das minhas cadeiras daqui de Lund (!), se pode comprar drogas ilegalmente. Depois do passeio, voltamos ao hostel para dormir.
A praça do obelisco de vidro:
No dia seguinte, passeamos por um outro bairro da cidade, um que fica ao sul de Gamla Stan. É um bairro moderninho e bonitinho, com galerias de arte e muitas igrejas no horizonte. Andamos o dia inteiro e, depois, pegamos o metrô para ir até uma outra parte da cidade, desta vez ao norte de Gamla Stan. Ali, entramos numa espécia de mercado público e almoçamos. Comi almôndegas com purê de batata, prato típico sueco. E depois fomos caminhando de volta para nosso hostel para pegar nossa bagagens. De lá, às 18h, tínhamos um encontro na Viking Line, terminal com barcos que vao desde Estocolmo até a Finlândia diariamente (eu acho). Ali encontramos com o restante do pessoal que iria para a Rússia. E o resto fica para o próximo post.
Minhas impressões sobre Estocolmo: é uma cidade absolutamente fantástica e, o melhor de tudo, muito cosmopolita. Aqui em Lund sempre tenho a impressão de que todos são iguais, pois aqui não há muitas pessoas diferentes do padrão loiro de olhos azuis dos suecos. Em Estocolmo é outro esquema. Muitas pessoas completamente diferentes. A Suécia é um dos países que mais recebem imigrantes no mundo, sabiam? Em outras épocas, imigrantes que vinham aqui trabalhar e, mais recentemente, refugiados de zonas de guerra. Talvez seja isso que dê o caráter cosmopolita à cidade. Além disso, a cidade respira um ar monárquico que eu achei muito legal. Acho que teria gostado mais de ter ido para Estocolmo do que para Lund. Mas tudo bem.
Até logo!
Estocolmo, além disso, é uma cidade onde se pode ver água por absolutamente todos os lados. É um arquipélago formado por 11 ilhas, se não estou enganada. Na verdade, a cidade é apenas uma parte de um arquipélago maior, que é composto por mais de 30 mil ilhas (!). Então, nosso hostel ficava perto da principal ilha da cidade, que é a da cidade velha (a maior e mais bem conservada cidade velha da Europa, de acordo com o brochure que peguei no tourist information daqui de Lund antes de viajar), também chamada Gamla Stan. Essa ilha é o coração de Estocolmo. Várias ruelas com lojas e restaurantes charmosinhos, igrejas por todos os lados e, principalmente, o palácio dos monarcas suecos.
Deem uma olhadinha para ter uma ideia do quão linda é esta região de Gamla Stan:
Pena que estava nublado quando estávamos lá!
É incrível a importância que a família real sueca tem no país. Por todos os lados tu vês fotos da Rainha Sílvia (que tem ascendência brasileira, para os que não sabiam!) e da Princesa Victoria, que está de casamento marcado para o ano que vem e cujo rosto simplesmente não sai das capas das revistas de fofocas daqui. Como ela é a filha mais velha da família real, ela vai ser a próxima rainha do país. Aqui não existe aquele esquema de que só homens podem suceder-se no trono e blá blá blá. A Suécia não é um país nem um pouco machista. Na verdade, é até interessante falar sobre a composição política do país em termos de gênero. Se não estou enganada, o parlamento sueco é composto por uma quantidade absurda de mulheres, que supera 50%, se não estou enganada. Há uma lei que obriga a existência de, no mínimo, 40% de mulheres no parlamento. Acho isso muito interessante. Nada de mulheres submissas aqui.
Enfim, voltando a falar da família real: eles estão em todos os lugares. Nos postais, nos posteres, nos restaurantes, nos cafés... Mas tudo bem... O palácio real em Gamla Stan é muito legal, mas achei o de Copenhagen mais legal. Vimos a troca da guarda e tudo o mais, nada muito impressionante. Seguimos caminhando. Na verdade, fiquei com a impressão de que, nessa parte da cidade, tudo gira em torno da monarquia. É estátua de antigos reis para todos os lados (em especial do tal rei Gustaf III, que teve grande importância para o país por ter sido um grande incentivador das artes e tudo o mais). Acabamos não entrando no palácio real por causa dos preços exorbitantes. Quem sabe numa próxima ocasião, quando eu tiver mais dinheiro!
Depois de andarmos por Gamla Stan, almocamos num restaurante em Stortoget, uma das pracas principais da ilha, onde fica localizado o Museu do Nobel, no qual nao entrei (e estou arrependida por isso). Depois do almoco, seguimos para a prefeitura de Estocolmo, onde, todos os anos, sao entregues os prêmios do Nobel. O único Nobel que nao é entregue ali é o da paz, que fica a cargo de Oslo. O prédio da prefeitura é relativamente novo, do início do século XX, e a vista da cidade que se tem dele é simplesmente maravilhosa. O Nobel é entregue na Suécia por causa do cientista Alfred Nobel, inventor do dinamite e sueco de nascenca. Vocês sabiam que só existem cinco prêmios Nobel? Sao eles: física, química, medicina, literatura e paz. Também há um prêmio para achievements na área da economia, mas ele é dado pelo Banco Central Sueco "em memória de Alfred Nobel". Interessante, nao? Até hoje nenhum brasileiro ganhou um Nobel. Quem sabe um dia, né?
O prédio da prefeitura, uma das visões mais conhecidas de Estocolmo:
E a vista da cidade que se tem de lá:
Lindo, né?
Enfim, continuamos andando e fomos para um bairro mais moderninho de Estocolmo, onde há uma rua principal com muitas lojas de grifes famosas e uma praça com um obelisco de vidro, onde uma gurizada estava reunida e onde, de acordo com o professor de uma das minhas cadeiras daqui de Lund (!), se pode comprar drogas ilegalmente. Depois do passeio, voltamos ao hostel para dormir.
A praça do obelisco de vidro:
No dia seguinte, passeamos por um outro bairro da cidade, um que fica ao sul de Gamla Stan. É um bairro moderninho e bonitinho, com galerias de arte e muitas igrejas no horizonte. Andamos o dia inteiro e, depois, pegamos o metrô para ir até uma outra parte da cidade, desta vez ao norte de Gamla Stan. Ali, entramos numa espécia de mercado público e almoçamos. Comi almôndegas com purê de batata, prato típico sueco. E depois fomos caminhando de volta para nosso hostel para pegar nossa bagagens. De lá, às 18h, tínhamos um encontro na Viking Line, terminal com barcos que vao desde Estocolmo até a Finlândia diariamente (eu acho). Ali encontramos com o restante do pessoal que iria para a Rússia. E o resto fica para o próximo post.
Minhas impressões sobre Estocolmo: é uma cidade absolutamente fantástica e, o melhor de tudo, muito cosmopolita. Aqui em Lund sempre tenho a impressão de que todos são iguais, pois aqui não há muitas pessoas diferentes do padrão loiro de olhos azuis dos suecos. Em Estocolmo é outro esquema. Muitas pessoas completamente diferentes. A Suécia é um dos países que mais recebem imigrantes no mundo, sabiam? Em outras épocas, imigrantes que vinham aqui trabalhar e, mais recentemente, refugiados de zonas de guerra. Talvez seja isso que dê o caráter cosmopolita à cidade. Além disso, a cidade respira um ar monárquico que eu achei muito legal. Acho que teria gostado mais de ter ido para Estocolmo do que para Lund. Mas tudo bem.
Até logo!
Mazaah rainha Sílvia, hein! Quero ver fotos desse hostel em barco :] Quanto a Estocolmo, aproveita que é relativamente perto e vai mais vezes... Comprou drogas? hoho quando tu for pra Holanda vê se é fácil mesmo :]~
ResponderExcluirBeijão
ah, que pena que a vitória vai casar...hehehe
ResponderExcluirsabia que uma vez eu vi uma foto dela, com a outra filha da sílvia, que não me lembro o nome, e fiquei deslumbrado com a sua beleza (pra não dizer outra coisa).
estou estudando um pouco o futebol sueco e vejo que tem muitos jogadores estrangeiros ou descendentes nascidos na Suécia. Fiquei sabendo que vão construir em Estocolmo o estágio mais moderno da Europa, o Rasunda. Vê-se que o futebol reflete o espírito dos povos.
Que nada, Marcos! A Vitória é tri feia, queixuda que dói. A outra princesa (eu também nao lembro do nome dela) é bem mais bonita.
ResponderExcluirEstágio em Estocolmo? Ou seria estádio? Nao fiquei sabendo disso, mas acho muito legal. Espero poder voltar aqui para vê-lo quando ficar pronto!
E Filipe, é claro que nao comprei drogas! Estive na pracinha onde as drogas sao vendidas em pleno dia, entao nao deu para ver nada de vendas ilícitas por lá... A malandragem deve ocorrer à noite! Malandragem na Suécia, minha gente! Vejam só!